domingo, 27 de abril de 2014

O AMOR É FONTE DE VIDA.

Sem amor nada apraz,
É angústia e desatino,
Na alegria que se desfaz;
Dentro do íntimo.

O amor é um olhar apaixonado
Cheio de carinho e atenção,
É um beijo molhado
Com muita paixão,
É sentir o calor no rosto,
Nas mãos dadas,
No corpo,
É amar na madrugada.

O amor é fonte de vida,
É ver um sonho realizado,
É estar em constante felicidade
E harmonia,
Próximo do ser amado.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Amiga e Madrinha..Manuela.



Não repouses

Não repouses no meu leito de outono
As folhas ainda não teceram o colchão,
o orvalho não pintou as almofadas
com as cores das alvoradas

Deixa  a lua viajar
com o tempo que me anoitece
entre fios leitosos de luar
A vida é já aqui
Quero vivê-la com os sonhos que teci,
passear os olhos pelos vincos do tempo
ausente das orquídeas formosas
e esquecer o murmúrio na pele lavada de rosas
Quero afagar o bordado no linho
que cresce nos campos com cores de menino,
nos baloiços de água em searas azuis.
Aqui entrego este corpo que guarda e envolve
este eu que sou e não sou.

Quero o murmúrio do colo do rio
Fala-me das cantigas que ouvia no Estio
Quero acompanhar o pólen das flores
em  laranjeiras acesas
com a dança das abelhas
Deixa que o fado cante a alegria deste exílio
que o tempo traçou na falésia da vida
Só há fado se o destino o marcou

Eu quero o sonho na flauta de um silêncio
quero o silêncio no esplendor das marés
quero as marés na galáxia da vida
nas nuvens em montanhas coloridas
quero o fluido silencioso do mel
nesta viagem 

Deixo a amargura e o fel
numa outra carruagem.

Manuela Barroso, in "Eu Poético VI"

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Um poema belíssimo

Ouve
A noite perfumou-se de lua
vestiu-se de branco
O vento esvoaçava
numa constante ousadia
o véu
onde eu me escondia
da tua alegria
Parou
mas bordou o nosso amor no linho
E no luar
sobraram as sombras
do nosso vendaval branco, em desalinho



Manuela Barroso, in "Eu Poético VI"